Os maiores Beijos do Cinema

Desde o surgimento na antiguidade até nossos dias o beijo tem várias significações de acordo com a época e a ocasião. Seu gesto tanto poderia ser uma homenagem como uma sujeição, uma gratidão ou uma reverência. Anunciar a paz ou indicar traição. Houve um tempo na Inglaterra em que o beijo era saudação usual. Chegando a uma casa, os visitantes beijavam todas as mulheres presentes. O costume foi banido mais tarde pelos puritanos, mas enquanto durou as inglesas sempre souberam se mostrar bastante hospitaleiras. 

No cinema, coube à atriz Bessie Love o privilégio de dar o primeiro beijo no filme "Para salvar a Raça (The Aryan, 1916). O Código de Hays, que durante quase quarenta anos cerceou a liberdade artística de Hollywood, não impediu que Vivien Leigh e Clark Gable, e mais tarde Debora Kerr e Burt Lancaster, trocassem alguns dos mais "calientes" beijos da história da cinematografia. Marcando o espírito de cinéfilos do mundo inteiro por décadas.

Mas não foi nos anos livres dos anos 60 ou oitenta que os fãs da sétima arte assistiram a um dos beijos mais criativos já feitos. Foi no final dos anos 90 com Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. Vamos à lista.

1 Kate Winslet e Leonardo DiCaprio em "Titanic"

Para a superprodução, o diretor James Cameron queria uma atriz refinada à Audrey Hepburn. Chegou a cotar Gwyneth Paltrow, Claire Davies ou Gabrielle Anwar para interpretar a protagonista. Mas certa de que Rose de Witt seria o papel de sua vida, Kate Winslet insistiu no teste. O resultado surpreendeu o próprio cineasta! Já para o protagonista, Cameron pensou a princípio em Matthew McConaughey ou Chris O'Donnel. O realizador, entretanto, os achou muito velhos para encarnar o jovem Jack Dawson que tinha apenas 24 anos. Winslet chegou mesmo a fazer um teste ao lado de  McConaughey, mas no final o diretor de "O Exterminador do Futuro" se decidiu por Leonardo DiCaprio. O resultado todos conhecem: Winslet e DiCaprio formaram um dos casais mais inesquecíveis do cinema e o beijo dos dois na proa do navio é sempre citado como o melhor da história da sétima arte.

2 - Kirsten Dunst e Tobey Maguire - O Homem-Aranha   

"O Homem-Aranha" foi lançado com muito sucesso em 2002. Mas o processo de criação começou bem antes, em 1985, quando a "Marvel" cedeu os direitos de adaptação para a produtora  "Cannon". A empresa faliu sem nunca ter realizado o filme. Para pagar as dívidas da firma, um dos sócios, Menahen Golan, dispersou os direitos de adaptação entre diversos setores do mercado cinematográfico. O fato provocou uma série de dificuldades para a aquisição dos direitos autorais do Homem Aranha, esgotando até James Cameron, que também se interessara em levar para as telas as aventuras de Peter Parker. 

Finalmente, depois de uma série de inconvenientes jurídicos, a Colúmbia obteve permissão para gravar a fita que se tornaria cult ao longo do anos. Uma das razões do sucesso foi o diretor Sam Raimi. O cineasta era apenas o 18º na preferência dos produtores para a realização da fita. Grande fã do Homem - Aranha, para convencê-los ele teve de demonstrar o domínio sobre a história bem como a necessidade de abordar o lado humano do super herói. Raimi chegou mesmo a preparar um roteiro apto à persuadir os financiadores do filme dizendo que não se contentaria que o longa fosse apenas uma sucessão de efeitos especiais. 

Outro fator que contribuiu para o sucesso da história foi a química entre os atores Tobey Maguire e Kirsten Dunst, respectivamente nos papéis de Peter Parker e Mary Jane Watson.  Diferentemente de Sam Raimi, Maguire não era bem um fã de quadrinhos. Mas foi o ator que teve o melhor desempenho durante os testes. Para se preparar para viver o super herói da Marvel, ele teve aulas particulares de ginástica e de yoga. 

3- A Dama e o Vagabundo

Mais de cinquenta anos depois da estreia, "A Dama e o Vagabundo" continua a ser um filme à prova do tempo. O beijo trocado entre a dupla de protagonistas continua a ser um dos mais imitados do cinema. Imbatível!

4- Deborah Kerr e Burt Lancaster

Seria muita generosidade apontar o casal formado pelo sargento Milton Warden (Burt Lancaster) e Karen Holmes (Deborah Kerr) como o mais amado pelos cinéfilos durante a era pré-"Titanic". Mas o famoso beijo na praia protagonizado pelos dois foi citado como o mais erótico da história do cinema por muitos anos. O filme ganhou oito Oscars, inclusive o de melhor filme. Mas Deborah Kerr perdeu o dela para Audrey Hepburn em "A Princesa e o Plebeu", outro belo filme. "A um passo da Eternidade" é uma história essencial para todos os amantes da sétima arte. 

5- Audrey Hepburn e George Peppard em "Bonequinha de Luxo"

Ninguém que tenha assistido a "Bonequinha de Luxo" consegue imaginar a história interpretada por outra atriz que não seja Audrey Hepburn. Mas não foi bem nela que o escritor Truman Capote pensou para viver a sua Holly Goligtly. Ele mesmo preferia  Marilyn Monroe. A produção ainda chegou a conversar com a estrela sobre o papel. Mas os instrutores de atuação de Monroe, Lee e Paula Strasberg, não concordaram com a ideia. Marilyn declinou do papel, deixando-o para Audrey, que também fez muita resistência para aceitá-lo. O filme fez tanto sucesso que Hepburn não conseguiu mais se dissociar da personagem. O vestidinho preto Givenchy usado no início do filme é um dos prediletos dos fãs de moda e  a cena final do beijo na chuva interpretado pelo casal de protagonistas é um dos mais lembrados por cinéfilos e críticos de todo o mundo como exemplo de criatividade artística.

   

6- Renée Zellweger e Colin Firth - O Diário de Bridget Jones   

Algumas atrizes parecem nascidas para certos papéis, Renée Zellweger é uma delas. Sua interpretação no filme "O Diário de Bridget Jones" lhe valeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 2002 e não teria sido injustiça se tivesse ganhado. O beijo na neve entre a atriz e Colin Firth já é considerado um dos mais memoráveis da história do cine.

7- John Wayne e Maureen O'Hara - Depois do Vendaval

Hoje esse beijo seria visto como uma violação: a personagem de Maureen não o queria. Foi forçada. Mas artisticamente é bonito e bem criativo. A cena inspirou a cena em que o garoto Elliott (Henry Thomas) beija a colega de classe (Erika Eleniak) na aula de ciências. 

John Wayne e Maureen O'Hara em "Depois do Vendaval"

8- Ryan Gosling e Rachel McAdams em "Diário de uma Paixão" 

A química entre Ryan Gosling e Rachel McAdams foi tão perfeita que o romance saiu das telas para a vida real. Pelo menos é isso que os produtores dizem, é assim que eles querem que os fãs acreditem. Mas com ou sem paixão verdadeira, o beijo de "Diário de uma Paixão" ganhou o "MTV de Melhor Beijo" de 2004. Vitória que ninguém discute.

9 - Julia Roberts e Richard Gere em "Uma Linda Mulher"

Quem vê a atriz Julia Roberts caminhando com tanta naturalidade pelas ruas de Beverly Hills no filme "Uma linda Mulher" não imagina que ela não foi a primeira escolha para interpretar Vivian Ward. O sucesso do filme fez de Julia Roberts uma estrela internacional e o beijo na sacada do apartamento em que mora no subúrbio é um dos mais lembrados do cinema hollywwodiano.
 

10 -  Vivien Leigh e Clark Gable em "..E o vento Levou"

Finalmente para fechar o nosso "Top 10", o beijo de Scarlett O'Hara e Rhett Butler  no filme "E o Vento Levou". Galã dos anos 30, 40 e 50, Clark Gable ganhou o título de rei de Hollywood do ator Spencer Tracy. Quando viu o engarrafamento provocado pelas mulheres que se acotovelavam para ver o astro, Tracy comentou: "Clark Gable, 'rei de Hollywwod', agora me deixem passar". O que as fãs não sabiam é que o ídolo tinha mau hálito e a dentadura mexia quando beijava alguma atriz em cena. Dá para imaginar o esforço que Vivien Leigh fez para beijá-lo. No único filme protagonizado pelo casal os beijos são rápidos, mas marcantes. A história de amor e ódio de Scarlett O'Hara e Rhett Butler emocionou plateias ao redor do globo, fazendo do casal um dos mais adorados das telas. Por isso que nós finalizamos com eles a nossa postagem.   



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A lenda da Bela e a Fera existe em várias culturas, inclusive na Índia, mesmo que com pequenas variações entre as histórias. A versão da Disney de 1991 é a melhor adaptação do cinema. A abertura grandiosa, os números musicais além da mensagem de aceitação do próximo e beleza interior, fazem do filme um clássico inesquecível! 

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